Lendário cineasta Werner Herzog declara que filmes feitos por IA possuem história, mas carecem de alma.
O uso da inteligência artificial na indústria audiovisual cresce cada vez mais.

Desde efeitos especiais gerados por algoritmos até roteiros criados em questão de segundos, a tecnologia está se tornando comum em Hollywood e nas plataformas de streaming.
Entretanto, surge um preocupação: a possibilidade de a máquina substituir a criatividade humana na produção de conteúdos.
Críticas de Werner Herzog
Werner Herzog, renomado diretor de filmes como Aguirre, a Cólera de Deus, expressou suas opiniões em um podcast. Ele criticou a tendência de criação de roteiros por inteligência artificial.
“Histórias sem alma”

Ele assistiu a filmes e curtas criados totalmente por IA e percebeu uma desconexão. Segundo ele: “Há uma história, mas tudo parece morto. São obras vazias, sem alma.”
Herzog argumenta que a produção automatizada gera o “denominador comum mais baixo” disponível online. As máquinas podem repetir informações, mas não conseguem provocar emoções genuínas, que são exclusivas da arte humana.
Utilidade e Riscos
Herzog não ignora os benefícios da inteligência artificial. Ele reconhece seu potencial em áreas como ciência, medicina e como ferramenta de apoio para estudantes e artistas.
No entanto, ele também alerta para os riscos, como o uso da IA para fins bélicos e propagandísticos e a perda da autenticidade cultural se as máquinas dominarem a criação artística.
Reflexões sobre o Futuro
Essas ideias estão presentes no livro recente de Herzog, The Future of Truth (O Futuro da Verdade), onde ele discute os dilemas éticos da era digital. Ele enfatiza que, apesar da capacidade de imitar, a IA jamais poderá sentir.
Em um período em que Hollywood debate sobre contratos e direitos autorais, a posição de Herzog serve como um alerta. A tecnologia é fascinante, mas a essência do cinema, que é a emoção, permanece sendo exclusivamente humana.
