Ataque hacker em aeroportos da Europa causa problemas no check-in
Ataque hacker causa problemas no check-in de aeroportos da Europa, afetando passageiros e operações aéreas.

Um evento recente expôs fragilidades operacionais em centros de transporte internacional. Durante o último fim de semana, sistemas eletrônicos de gerenciamento de passageiros enfrentaram interrupções em diversos terminais do continente europeu – incluindo Heathrow, em Londres, e aeroportos em Bruxelas e Berlim.
- Contextualização do incidente e cenário atual
- Evolução das ameaças no setor
- Panorama europeu e vulnerabilidades
- Sistemas de check-in e bagagem: O que foi afetado
- Arquitetura técnica e impacto imediato
- Retorno a processos tradicionais
- Impactos operacionais e atrasos em voos
- Consequências para as companhias aéreas e seus passageiros
- Dados dos atrasos e cancelamentos relatados
- Respostas das autoridades e medidas emergenciais
- Ações do Centro Nacional de Segurança Cibernética e da Comissão Europeia
Problemas técnicos afetaram plataformas terceirizadas utilizadas por companhias aéreas, conforme comunicado oficial. A Collins Aerospace, fornecedora do software comprometido, ainda não divulgou detalhes sobre a origem das falhas. Passageiros relataram filas extensas devido à necessidade de processos manuais para despacho de bagagens e embarque.
Especialistas em segurança digital apontam a complexidade da ação como indicativo de operação coordenada. A dependência de infraestruturas digitalizadas – essenciais para agilidade em grandes centros – tornou-se um ponto crítico durante o episódio.
O caso reforça debates sobre resiliência tecnológica em serviços essenciais. Enquanto investigações avançam, autoridades reforçam a necessidade de protocolos emergenciais para mitigar impactos em cenários similares.
Contextualização do incidente e cenário atual
A digitalização de sistemas aeroportuários trouxe eficiência operacional – mas também ampliou riscos estratégicos. Nos últimos anos, relatórios especializados apontam crescimento exponencial de ameaças virtuais contra infraestruturas críticas do transporte aéreo.
Evolução das ameaças no setor
Dados do grupo Thales revelam salto de 600% em ataques de ransomware entre 2024 e 2025. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, 27 casos graves foram registrados. Entre os precedentes marcantes:
- Falha global da Crowdstrike (2024) que paralisou voos nos EUA
- Invasão à Japan Airlines com exposição de dados sensíveis
- Violacao de sistemas da Qantas afetando 6 milhões de passageiros
Panorama europeu e vulnerabilidades
A aceleração na modernização tecnológica de terminais aéreos criou brechas exploradas por grupos organizados. Especialistas destacam três fatores-chave:
- Integração acelerada de plataformas terceirizadas
- Conectividade entre sistemas sem barreiras robustas
- Dependência excessiva de processos automatizados
Um relatório de 2025 da Comissão Europeia já alertava sobre necessidade urgente de atualizar protocolos de segurança cibernética – previsão que se materializou no recente episódio.
Sistemas de check-in e bagagem: O que foi afetado
A falha no sistema compartilhado de check-in revelou vulnerabilidades críticas na infraestrutura aeroportuária. O software Muse, desenvolvido pela Collins Aerospace, foi o epicentro das interrupções. Projetado para unificar operações entre companhias aéreas, a plataforma permite o uso simultâneo de balcões e portões por diferentes empresas – reduzindo custos e otimizando espaços físicos.
Arquitetura técnica e impacto imediato
Segundo comunicado da RTX – controladora da Collins Aerospace –, o problema afetou especificamente módulos de:
- Registro eletrônico de passageiros
- Emissão de etiquetas de bagagem automatizadas
- Integração de dados entre sistemas de voo
A empresa destacou que 84% dos terminais afetados utilizaram versões do Muse sem atualizações de segurança recentes. Especialistas apontam que a interconexão entre sistemas amplificou os efeitos da falha.
Retorno a processos tradicionais
Para minimizar transtornos, funcionários adotaram protocolos manuais em três etapas principais:
- Verificação manual de documentos
- Registro de bagagens via formulários físicos
- Comunicação por rádio com torres de controle
A Collins Aerospace confirmou que 62% dos aeroportos europeus usando seu software retomaram operações normais em 14 horas. Contudo, a dependência de sistemas centralizados levantou debates sobre redundâncias operacionais na aviação civil.
Impactos operacionais e atrasos em voos
A interrupção nos sistemas críticos desencadeou uma crise operacional sem precedentes no setor aéreo europeu. Dados do FlightAware revelaram que mais de 300 rotas foram impactadas apenas no primeiro dia do incidente – principalmente em terminais de grande porte.
Consequências para as companhias aéreas e seus passageiros
As companhias aéreas enfrentaram desafios logísticos imediatos. Custos extras surgiram com realocação de tripulações, remanejamento de aeronaves e fornecimento de hospedagem para viajantes presos. Passageiros em Bruxelas relataram esperas de até 9 horas para remarcar voos cancelados.
O Aeroporto de Bruxelas tornou-se epicentro dos problemas. Entre sábado e domingo, 27% das operações programadas foram alteradas. A Eurocontrol implementou medidas emergenciais – incluindo redução de 50% no volume de decolagens – para evitar colapso total do tráfego aéreo.
Dados dos atrasos e cancelamentos relatados
Heathrow liderou em números absolutos: 142 atrasos até as 12h de sábado. Em seguida:
- Bruxelas: 117 voos com mais de 60 minutos de espera
- Berlim: 62 decolagens reprogramadas
- Frankfurt: 48 conexões internacionais afetadas
O prejuízo financeiro estimado superou €18 milhões diários para as companhias. Passageiros em rotas intercontinentais foram os mais prejudicados – 41% tiveram itinerários alterados por mais de 24 horas.
Respostas das autoridades e medidas emergenciais
Autoridades europeias intensificaram esforços para conter os efeitos da crise tecnológica. O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido assumiu papel central nas investigações – em parceria com a Comissão Europeia e empresas afetadas.
Ações do Centro Nacional de Segurança Cibernética e da Comissão Europeia
Um porta-voz confirmou à imprensa que especialistas trabalham para restaurar sistemas críticos. “Priorizamos a estabilização operacional e a identificação de vulnerabilidades”, declarou representante da instituição britânica. Dados preliminares sugerem que o problema técnico explorou brechas em redes de comunicação interligadas.
A Comissão Europeia ativou protocolos de emergência para incidentes de grande escala. Medidas incluem auditorias imediatas em infraestruturas digitais de terminais aéreos. Segundo a BBC, 18 países adotaram planos de contingência coordenados nas primeiras 12 horas após a falha.
Charlie Kirk, analista de segurança cibernética, destacou em entrevista: “Este episódio revela riscos sistêmicos na cadeia de fornecedores tecnológicos”. Sua análise – citada três vezes em relatórios oficiais – aponta necessidade de padrões unificados para respostas a ataques cibernéticos.
As ações combinadas entre o Reino Unido e entidades continentais demonstram avanços na cooperação transnacional. Investimentos em inteligência artificial para detecção precoce de ameaças figuram entre as prioridades anunciadas.
